A importância da leitura de textos na Educação Infantil
Selma de Assis Moura
selma.a.moura@gmail.com
São objetivos da escola e das famílias em geral proporcionar às crianças o acesso ao conhecimento e a formação de indivíduos críticos, comprometidos consigo mesmos e com a sociedade, capazes de intervir modificando a realidade, auto motivados e aptos a buscar o aprendizado e o aperfeiçoamento contínuos, o que passa pela formação de leitores competentes.
É fato sabido que várias gerações têm demonstrado não apenas o desinteresse pela leitura, mas também a incapacidade de fazê-la coerentemente, compreendendo um texto em profundidade, o que inegavelmente limita o indivíduo em suas possibilidades de acesso ao conhecimento culturalmente construído.
Portanto, é tarefa urgente dos pais e da escola, em todos os níveis, buscar maneiras de estimular, mais do que a capacidade de ler, o prazer pela leitura. Apenas propiciando aos sujeitos leitores o prazer da leitura poderemos construir as competências necessárias para sua apreensão e produção.
Pensadores como Paulo Freire apontam para o reconhecimento de que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura da palavra escrita implica na ampliação da possibilidade de leitura do mundo. Assim, concluímos que o não desenvolvimento de bons leitores limita as possibilidades de leitura do mundo, da compreensão da realidade social e da intervenção do sujeito buscando a transformação da sociedade.
No intuito de desenvolver, desde a mais tenra idade, o hábito e o prazer da leitura, a educação infantil deve oferecer oportunidades de leituras variadas, leitura não apenas de textos escritos, mas a própria leitura e interpretação do mundo em que a criança está inserida e do qual faz parte como ator social.
O acesso a diferentes tipos de texto, mesmo bem antes da alfabetização, permitirá desenvolver tais capacidades, alem de apresentar à criança elementos constitutivos do texto: vocabulário, estrutura, enredo, coerência interna, elenco de personagens e, além disso, o uso social da escrita, elementos esses que serão fundamentais no processo de alfabetização. Isso porque constatamos que “as crianças constroem conhecimentos sobre a escrita muito antes do que se supunha” (MEC/SEF, 1998, vol.3, p. 123).
Os Contos
Instrumentos privilegiados nesse sentido são as histórias infantis. Além de desenvolver o interesse pela leitura, vêm também ampliar o universo vocabular, permitir o exercício da fantasia e da criatividade. Ao apresentar, de modo maniqueísta, a polarização bem/mal, virtude/vício, recompensa/castigo, possibilitam a discussão de padrões éticos e morais, e a formação de valores.
A paixão das crianças pelos Contos vem das próprias características de seu desenvolvimento. “Sonhadora e imaginativa por natureza, a criança aceita sem hesitação o ilogismo das narrativas mágicas presentes nas histórias infantis” (Alberton, 1980). Seu interesse e participação nas atividades de leitura dessas histórias são poderosas ferramentas na formação de bons hábitos leitores.
“O pensamento mágico da criança traz recursos inesgotáveis para que se exercite sua imaginação e fantasia, passando o sonho e a realidade, muitas vezes, a se confundirem, o que reforçaria sua espontaneidade criadora” (Nicolau, 1990, p.131). Dar possibilidade à expressão desses pensamentos possibilitará um crescimento pessoal e social, através da interação com seus pares, que vivem fantasias semelhantes.
Na aquisição e aperfeiçoamento da segunda língua, é fundamental despertar o interesse das crianças para envolver-se no aprendizado, e torná-lo o mais significativo e prazeroso possível. Resgatando conhecimentos prévios, baseando-nos na familiaridade que as crianças já têm com essas histórias, poderemos fixar o vocabulário em inglês e apresentar novas estruturas de linguagem.
Essas habilidades de linguagem na segunda língua serão úteis não apenas para conferir-lhes mais confiança em expressar-se nesse idioma, mas também em constituir um lastro de conhecimento que poderá ser utilizado em situações posteriores em que devam construir frases no idioma inglês. O fortalecimento de suas capacidades lingüísticas e a constituição de um repertório de expressões são objetivos fundamentais deste trabalho.
As Poesias
As crianças pequenas se encantam com as poesias, que lhes parecem (e na verdade são) brincadeiras com as palavras. O ritmo, a métrica e as rimas são logo percebidos pelas crianças, que passam a brincar de fazer poesia, focam sua atenção à sonoridade das palavras, e montam seus versinhos orgulhosamente. Esse trabalho, quando feito paralelamente em Inglês e Português, apresentando poemas nas duas línguas, auxilia a criança a perceber as semelhanças entre os dois idiomas, ampliar seu vocabulário através da memorização de suas poesia prediletas.
Os textos informativos
O trabalho com textos informativos, encontrados, por exemplo, em jornais, revistas, internet e enciclopédias, permite a formação do hábito de ler para estudar, para buscar informações, competência essencial por toda a vida. As crianças percebem a diferença entre esse tipo de texto e os textos de ficção, pois passam a perceber a realidade imediata expressa nos artigos de jornais e revistas, que comparam com as conversas que ouvem, aquilo que vêem na rua e o que assistem na televisão. Ao trazer esses textos à análise das crianças, vemos surgir acaloradas discussões, onde as crianças põe em jogo aquilo que sabem sobre o tópico tratado, trocam opiniões, debatem e assim a prendem a negociar, a expressar verbalmente suas idéias, a rever seus conceitos. Os textos informativos, quando integrados ao trabalho com textos em geral, amplia as possibilidades de leitura do mundo.
As histórias em quadrinhos
Embora já tenham sido alvo de preconceito por parte dos adultos, os gibis hoje são aceitos para o entretenimento das crianças. Contudo, as HQs carregam grandes possibilidades de trabalho com texto, pois têm uma linguagem própria, aliando recursos de imagem e texto, apresentando histórias com textos curtos e sendo muito atraentes às crianças. Para os pequeninos que começam a perceber as letras e como elas formam palavras, e aventuram-se pelas primeiras leituras, oferece a vantagem adicional de serem escritos com letras maiúsculas, aquelas que eles começam a identificar primeiro. É imprescindível contar também com gibis na biblioteca familiar e na escola.
As parlendas e cantigas tradicionais:
Hoje é domingo, pede cachimbo... “One, two, bucle my shoe..”. Eu sou pobre, pobre, pobre, de marre, marré, marré.... “This little pig wento to market...” O cravo brigou com a rosa... “It´s raining, it´s pouring...”
Desde muito pequenas as crianças adoram as cantigas, quadrinhas, parlendas, e “nursery rhymes”, e demonstram muita facilidade em memorizá-las, passando a cantá-las ou declamá-las em vários momentos. Além de serem textos ricos por trazerem consigo a cultura dos países, regiões e momentos históricos em que foram criados e por terem sido transmitidas geração após geração como um tesouro cultural, esses textos são privilegiados para promover a aquisição de vocabulário e, na alfabetização, permitirem a correspondência entre a escrita e a sua leitura, pois por serem familiares às crianças, ajudam-nas a não se preocuparem com o conteúdo (que já é conhecido) e focalizar sua atenção à forma da escrita.
Bibliografia:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil, gostosuras e bobices. São Paulo, Scipione, 1989.
ALBERTON, Carmen Regina e outros. Uma dieta para crianças: livros – Orientação a pais e educadores. Porto Alegre, Redacta/Prodil, 1980.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, MEC/SEF, 1998.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 39. ed. São Paulo, Cortez, 2000.
NICOLAU, Marieta Lúcia Machado. Textos Básicos de Educação Pré-escolar. São
Paulo, Ática, 1990
sexta-feira, 21 de março de 2008
domingo, 9 de março de 2008
Projetos e Seqüências Didáticas na Educação Infantil Bilíngüe: Construindo significados
Projetos e Seqüências Didáticas na Educação Infantil Bilíngüe:
Construindo significados
Selma de Assis Moura
apresentação no
1º Congresso Brasileiro de Escolas Bilíngües
Playpen, Outubro de 2005
Playpen, Outubro de 2005
Contrastanto:
Tempo insuficiente
Conteúdos sem significação
Fragmentação do saber
Artificialização
X
Aluno como sujeito da aprendizagem
Motivação
Função social real
Contextos significativos
“Não se trata somente de aumentar o tempo ou de reduzir os conteúdos, trata-se de produzir uma mudança qualitativa na utilização do tempo didático”
Conteúdos sem significação
Fragmentação do saber
Artificialização
X
Aluno como sujeito da aprendizagem
Motivação
Função social real
Contextos significativos
“Não se trata somente de aumentar o tempo ou de reduzir os conteúdos, trata-se de produzir uma mudança qualitativa na utilização do tempo didático”
(Delia Lerner)
“Trabalhar com projetos não é suficiente para instaurar uma relação tempo-saber que leve em conta o tempo de aprendizagem e preserve o sentido do objeto de ensino. Para consegui-lo, é necessário articular muitas temporalidades diferentes”.
“Trabalhar com projetos não é suficiente para instaurar uma relação tempo-saber que leve em conta o tempo de aprendizagem e preserve o sentido do objeto de ensino. Para consegui-lo, é necessário articular muitas temporalidades diferentes”.
(Delia Lerner)
Tempo didático:
· Projetos didáticos
· Seqüências de Conteúdo
· Atividades Permanentes ou Habituais
· Atividades Independentes
Projetos Didáticos:
“O trabalho em projetos visa a ajudar crianças pequenas a extrair um sentido mis profundo e completo de eventos e fenômenos de seu próprio ambiente e de experiências que mereçam sua atenção (...) Esse tipo de trabalho aumenta a confiança das crianças pequenas em seus próprios poderes intelectuais e reforça sua disposição em continuar aprendendo.”
(Carolyn Edwards e outros, As Cem Linguagens da Criança)
“Quando o tópico de um projeto é muito familiar às crianças, elas podem contribuir para o projeto com seus próprios conhecimentos e sugerir questões a ser indagadas e linhas de investigação a seguir: as próprias crianças podem assumir a liderança no planejamento, assumir responsabilidades por observações específicas e por informações e pelos artefatos coletados. Projetos que investigam fenômenos reais oferecem às crianças a oportunidade de serem ‘antropólogos naturais’, que parece terem nascido para ser!”.
(Carolyn Edwards e outros, As Cem Linguagens da Criança)
“O trabalho por projetos permite, realmente, que todos os integrantes da classe – e não só o professor – orientem suas ações para o cumprimento de uma finalidade compartilhada: gravar uma fita de poemas para enviar a outras crianças ou para fazer um programa de rádio dá sentido ao aperfeiçoamento da leitura em voz alta, porque os reiterados ensaios que é necessário fazer não constituem um mero exercício, mas sim orientam para um objetivo valioso e realizável a curto prazo- compartilhar com outras pessoas as próprias emoções experimentadas frente aos poemas escolhidos”
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
“Ao orientar suas ações para uma finalidade compartilhada os alunos se comprometem na elaboração de um produto (...) que seja satisfatório e convincente para os destinatários e para eles mesmos. Conseqüentemente, estão dispostos a revisar suas produções para melhorá-las e fazer delas um meio eficaz para cumprir com os objetivos propostos. É assim que o compromisso que assumem torna possível que progridam na aquisição das estratégias necessárias para revisar e aperfeiçoar seus próprios trabalhos”.
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
“Como a finalidade que se persegue constitui um fio condutor das atividades e como os projetos se estendem ao longo de períodos mais ou menos prolongados (em alguns casos, algumas semanas; em outros, alguns meses), essa modalidade organizativa, além de favorecer a autonomia dos alunos, que podem tomar iniciativas porque sabem para onde marcha o trabalho, se contrapõe ao parcelamento do tempo e do saber. É assim que se torna possível evitar a justaposição de atividades sem conexão – que abordam aspectos também sem conexão dos conteúdos – e as crianças têm a oportunidade de ter acesso a um trabalho suficientemente duradouro para resolver problemas desafiantes, construindo os conhecimentos necessários para isso, para estabelecer relações entre diferentes situações e saberes, para consolidar o aprendizado e reutilizá-lo.”
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
Seqüências Didáticas ou Seqüências de Conteúdo:
Conteúdos:
Fatos Conceitos Procedimentos Atitudes
ANÁLISE DE SEQÜÊNCIA DE CONTEÚDO
Conteúdos referidos a fatos
Conteúdos referidos a conceitos
Conteúdos de procedimentos
Conteúdos de atitudes
Apresentação
-motivação: sentido das aprendizagens
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
-quantidade adequada de informação
-apresentação em termos funcionais para o aluno
Compreensão dos conceitos asoociados
-significatividade dos conceitos associados
Exercitação
-estratégias de codificação e retenção
Avaliação
-inicial
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação: sentido das atividades
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
-nível adequado de abstração
-quantidade adequada de informação
-apresentação em termos funcionais para o aluno
Elaboração
-funcionailidade de cada uma das atividades
-atividade mental e conflito cognitivo
-zona de desenvolvimento proximal
-consciência do processo de elaboração
Construção
-conclusões
-generalização
-resumos das idéias importantes
-síntese integrando a nova informação aos conhecimentos anteriores
-consciência do processo de construção
Aplicação
-descontextualização
Exercício
-estratégias de codificação e retenção
Avaliação
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação: sentido da atividade
-atitude favorável
-competência prévia em procedimento
-apresentação de modelos
Compreensão
-significatividade e funcionalidade
-representação global do processo
-verbalização
-reflexão sobre as ações
Processo de aplicação e exercício
-regulação do processo de aprendizagem
-prática guiada e ajudas
-aplicação em contextos diferenciados
-exercícios suficientes, progressivos e ordenados
Avaliação
-inicial
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
Proposição de modelos
Proposição de normas
Construção
-análise de fatores positivos e negativos
-tomada de posição
-implicação afetiva
-compromisso explícito
Aplicação
-comportamento coerente
Avaliação
-inical
-formativa
-somatória
Fonte: Zabala, Antoni. Os Enfoques Didáticos. In: O Construtivismo em Sala de Aula, César Coll e outros. São Paulo, Ática, 1999.
“The language learner´s task consists of figuring out and learning the full system of linguistic, social and pragmatic rules that govern behavior of the speech community. Despite the complexity of the task most individuals can handle it. People, irrespective of background, do not come to the language learning task empty handed: in their efforts to figure out how the new language is used by its speakers, they are guided by prior social, linguistic, and general world knowledge”.
(Lily Wong Fillmore, Second-language learning in children: a model of language learning in social context)
Social Processes: “By social processes, I refer to the steps taken by the learners and target language speakers to create a social setting in which communication by means of the target language is possible and desired.”
Linguistic Processes: “The end product of the acquisition process in linguistic knowledge – the phonological, lexical, grammatical, pragmatic, and sociolinguistic knowledge that eventually allows learners to speak and comprehend the new language in a full range of social and communicative situations”. What it takes to acquire this kind of knowledge is exposure to linguistic data in the form of situationally anchored speech produced by speakers of the language in the context of social interaction that involves the learner in one way or another”.
Cognitive Processes: “What they must do with these data is discover the system of rulesthe speakers of the languge are following, synthesize this knowledge into a grammar, and then make it their own by internalizing it. That in the capsule form is what the cognitive task is for any language learner”
Bibliografia:
COLL, César (org). O Construtivismo na Sala de Aula. São Paulo, Ática, 1996.
EDWARDS, Carolyn e outros. As Cem Linguagens da Criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre, Artes Médicas, 1999.
FILLMORE, Lily Wong. Second-language learning in children: a model of language learning in social context. In: BIALYSTOK, Ellen. Language Processing in bilingual children. Cambridge University Press, 1991
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre, Artes Médicas, 2002.
Tempo didático:
· Projetos didáticos
· Seqüências de Conteúdo
· Atividades Permanentes ou Habituais
· Atividades Independentes
Projetos Didáticos:
“O trabalho em projetos visa a ajudar crianças pequenas a extrair um sentido mis profundo e completo de eventos e fenômenos de seu próprio ambiente e de experiências que mereçam sua atenção (...) Esse tipo de trabalho aumenta a confiança das crianças pequenas em seus próprios poderes intelectuais e reforça sua disposição em continuar aprendendo.”
(Carolyn Edwards e outros, As Cem Linguagens da Criança)
“Quando o tópico de um projeto é muito familiar às crianças, elas podem contribuir para o projeto com seus próprios conhecimentos e sugerir questões a ser indagadas e linhas de investigação a seguir: as próprias crianças podem assumir a liderança no planejamento, assumir responsabilidades por observações específicas e por informações e pelos artefatos coletados. Projetos que investigam fenômenos reais oferecem às crianças a oportunidade de serem ‘antropólogos naturais’, que parece terem nascido para ser!”.
(Carolyn Edwards e outros, As Cem Linguagens da Criança)
“O trabalho por projetos permite, realmente, que todos os integrantes da classe – e não só o professor – orientem suas ações para o cumprimento de uma finalidade compartilhada: gravar uma fita de poemas para enviar a outras crianças ou para fazer um programa de rádio dá sentido ao aperfeiçoamento da leitura em voz alta, porque os reiterados ensaios que é necessário fazer não constituem um mero exercício, mas sim orientam para um objetivo valioso e realizável a curto prazo- compartilhar com outras pessoas as próprias emoções experimentadas frente aos poemas escolhidos”
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
“Ao orientar suas ações para uma finalidade compartilhada os alunos se comprometem na elaboração de um produto (...) que seja satisfatório e convincente para os destinatários e para eles mesmos. Conseqüentemente, estão dispostos a revisar suas produções para melhorá-las e fazer delas um meio eficaz para cumprir com os objetivos propostos. É assim que o compromisso que assumem torna possível que progridam na aquisição das estratégias necessárias para revisar e aperfeiçoar seus próprios trabalhos”.
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
“Como a finalidade que se persegue constitui um fio condutor das atividades e como os projetos se estendem ao longo de períodos mais ou menos prolongados (em alguns casos, algumas semanas; em outros, alguns meses), essa modalidade organizativa, além de favorecer a autonomia dos alunos, que podem tomar iniciativas porque sabem para onde marcha o trabalho, se contrapõe ao parcelamento do tempo e do saber. É assim que se torna possível evitar a justaposição de atividades sem conexão – que abordam aspectos também sem conexão dos conteúdos – e as crianças têm a oportunidade de ter acesso a um trabalho suficientemente duradouro para resolver problemas desafiantes, construindo os conhecimentos necessários para isso, para estabelecer relações entre diferentes situações e saberes, para consolidar o aprendizado e reutilizá-lo.”
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
Seqüências Didáticas ou Seqüências de Conteúdo:
Conteúdos:
Fatos Conceitos Procedimentos Atitudes
ANÁLISE DE SEQÜÊNCIA DE CONTEÚDO
Conteúdos referidos a fatos
Conteúdos referidos a conceitos
Conteúdos de procedimentos
Conteúdos de atitudes
Apresentação
-motivação: sentido das aprendizagens
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
-quantidade adequada de informação
-apresentação em termos funcionais para o aluno
Compreensão dos conceitos asoociados
-significatividade dos conceitos associados
Exercitação
-estratégias de codificação e retenção
Avaliação
-inicial
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação: sentido das atividades
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
-nível adequado de abstração
-quantidade adequada de informação
-apresentação em termos funcionais para o aluno
Elaboração
-funcionailidade de cada uma das atividades
-atividade mental e conflito cognitivo
-zona de desenvolvimento proximal
-consciência do processo de elaboração
Construção
-conclusões
-generalização
-resumos das idéias importantes
-síntese integrando a nova informação aos conhecimentos anteriores
-consciência do processo de construção
Aplicação
-descontextualização
Exercício
-estratégias de codificação e retenção
Avaliação
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação: sentido da atividade
-atitude favorável
-competência prévia em procedimento
-apresentação de modelos
Compreensão
-significatividade e funcionalidade
-representação global do processo
-verbalização
-reflexão sobre as ações
Processo de aplicação e exercício
-regulação do processo de aprendizagem
-prática guiada e ajudas
-aplicação em contextos diferenciados
-exercícios suficientes, progressivos e ordenados
Avaliação
-inicial
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
Proposição de modelos
Proposição de normas
Construção
-análise de fatores positivos e negativos
-tomada de posição
-implicação afetiva
-compromisso explícito
Aplicação
-comportamento coerente
Avaliação
-inical
-formativa
-somatória
Fonte: Zabala, Antoni. Os Enfoques Didáticos. In: O Construtivismo em Sala de Aula, César Coll e outros. São Paulo, Ática, 1999.
“The language learner´s task consists of figuring out and learning the full system of linguistic, social and pragmatic rules that govern behavior of the speech community. Despite the complexity of the task most individuals can handle it. People, irrespective of background, do not come to the language learning task empty handed: in their efforts to figure out how the new language is used by its speakers, they are guided by prior social, linguistic, and general world knowledge”.
(Lily Wong Fillmore, Second-language learning in children: a model of language learning in social context)
Social Processes: “By social processes, I refer to the steps taken by the learners and target language speakers to create a social setting in which communication by means of the target language is possible and desired.”
Linguistic Processes: “The end product of the acquisition process in linguistic knowledge – the phonological, lexical, grammatical, pragmatic, and sociolinguistic knowledge that eventually allows learners to speak and comprehend the new language in a full range of social and communicative situations”. What it takes to acquire this kind of knowledge is exposure to linguistic data in the form of situationally anchored speech produced by speakers of the language in the context of social interaction that involves the learner in one way or another”.
Cognitive Processes: “What they must do with these data is discover the system of rulesthe speakers of the languge are following, synthesize this knowledge into a grammar, and then make it their own by internalizing it. That in the capsule form is what the cognitive task is for any language learner”
Bibliografia:
COLL, César (org). O Construtivismo na Sala de Aula. São Paulo, Ática, 1996.
EDWARDS, Carolyn e outros. As Cem Linguagens da Criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre, Artes Médicas, 1999.
FILLMORE, Lily Wong. Second-language learning in children: a model of language learning in social context. In: BIALYSTOK, Ellen. Language Processing in bilingual children. Cambridge University Press, 1991
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre, Artes Médicas, 2002.
Escola e Família em um compromisso de educar para a autonomia
Perguntados sobre suas expectativas em relação ao futuro de seus filhos, a grande maioria dos pais responde que deseja que sejam felizes e bem-sucedidos. Sem dúvida esses desejos são legítimos, mas é necessária uma discussão que esclarecesse o que significa, para cada um, o que é sucesso e o que é felicidade.
Alguns argumentariam que sucesso é ter um bom emprego, um bom salário, uma casa confortável e um carro do ano. Outros diriam que o mais importante é sentir-se útil e fazendo a diferença no mundo. Para outros é importante ter saúde, amigos e família, enquanto outros acham que é curtir a vida sem preocupações. Conceituar felicidade seria ainda mais controverso!
Mas do que nossos filhos realmente precisarão daqui a alguns anos? Em que mundo viverão? Em um mundo onde a tecnologia apresenta tantas possibilidades e tem uma mudança tão rápida que o novo se torna logo obsoleto? Onde o conhecimento aumenta a cada dia e a memória não dá conta de guardar todas as informações importantes? Em que as empresas reduzem seus quadros para cortar custos e o desemprego aumenta?
E o aquecimento global, como vai afetá-los? Haverá água para todos? Já dominamos o segredo do genoma humano. Como será a reprodução de nossa espécie? A clonagem será praticada? E os transgênicos, não farão mesmo mal à saúde?
Não sabemos nenhuma das respostas para as questões acima, e tantas outras que poderíamos formular. Mas percebemos as incertezas. Nós e nossos filhos teremos que encontrar novas respostas, novos caminhos, como já aconteceu outras vezes ao longo da história da humanidade. E para trilhar esses caminhos precisamos de uma nova educação, uma nova formação.
Nossos filhos terão que saber pensar, e não apenas obedecer. Resolver problemas e encontrar soluções criativas para as novas situações. Ter uma ética firme para não se deixarem levar pela incerteza.
Por isso precisamos educar para a autonomia, entendida não apenas como a capacidade de cuidar de si mesmos, mas principalmente, como a capacidade de serem governados por si mesmos, de acordo com seus valores e princípios. Precisarão de uma autonomia moral que devemos começar a construir desde já.
Essa autonomia é muito diferente da liberdade completa. Significa ser capaz de pensar sob outros pontos de vista, de levar em conta fatos relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Precisarão aprender a não pensarem apenas em si mesmos, em suas vontades e desejos, mas a pensar em si como parte de um grupo, seja ele a família, a escola ou a sociedade.
Para aprender a pensar assim os pais e os educadores devem ajudá-los a perceberem, desde cedo, suas possibilidades e seus limites. Uma criança pode brincar com os amigos, mas não pode ter todos os brinquedos para si. Pode se zangar com o outro por algo que o incomodou, mas não pode bater. Pode espalhar os brinquedos, desde que os recolha no final da brincadeira. Pode comer primeiro a carne, mas deve comer também a salada. Tem direito a não gostar de alface, mas deve comer outro tipo de verdura. Pode fazer escolhas, mas estas estão de acordo com suas possibilidades a cada idade.
Para ajudar as crianças a construírem uma noção do que podem ou não fazer, do que é certo ou errado, não adianta mais pensar em um sistema de disciplina que inclua recompensas e castigos, porque está provado que eles não formam para a autonomia, mas para o conformismo, o jeitinho de driblar regras ou a revolta. Não adianta fazer com que as crianças tenham medo de serem punidas, e nem deixá-las com a impressão de que podem fazer tudo o que querem. Precisamos negociar com as crianças as regras para que elas aprendam a construí-las, a revê-las e a melhorá-las.
E precisamos também ser coerentes com nossas regras. Se deixamos objetos espalhados pela casa não podemos exigir que nossos filhos não o façam. Se xingamos no trânsito, porque nossos filhos não poderiam xingar os colegas? Se damos um ‘jeitinho’ de ‘nos dar bem’ nas situações, mesmo que quebremos ‘uma regrinha’, como podemos exigir que nossos filhos nos respeitem? Respeito não se exige, se conquista. Lembre-se daqueles adultos (professores, parentes, etc.) que você mais respeitava quando criança ou adolescente. Não tenho dúvida de que eram os que você mais admirava, a quem queria agradar porque seu afeto era importante. Não os que lhe causavam mais temor.
Esse é outro ponto importante a considerar na formação moral de nossas crianças: não podemos corrigi-los com raiva, mas sim com afeto. Precisamos deixar claro que nós os amamos, mas não apreciamos aquele comportamento. Devemos ajudá-los a ver as conseqüências de seus atos: se mentiu, conseguiremos acreditar nele numa próxima vez? Se machucou um colega, este colega vai querer brincar com ele de novo? Se não fez as tarefas, poderá brincar enquanto não terminá-las?
Reduzindo nosso ‘poder’ de adultos e valorizando o respeito mútuo, ajudando nossos filhos a terem mais iniciativa, a sentirem-se seguros e amados e, ao mesmo tempo, progressivamente responsáveis por si mesmos e por suas relações com os outros, nós estaremos dando a eles uma ferramenta poderosa para viver no mundo de hoje e de sempre.
Pois sempre foi, e é cada vez mais importante, saber trabalhar com o outro, estar junto, alternar-se na liderança, negociar, ceder, argumentar, convencer... Comparar pontos de vista e aprender com o outro. Valorizar a diversidade e respeitar as diferenças. Esses desafios ainda trouxemos para o século XXI, ainda estamos aprendendo a solucionar.
Quero deixar você hoje com alguns pensamentos. São perguntas que, como mãe, me faço constantemente. Elas me ajudam a perceber se continuo indo pelo caminho certo ou se a correria do dia-a-dia está me fazendo perder o rumo. Todos nós, pais e mães atuais ou futuros, amamos nossos filhos e queremos o melhor para eles. Mesmo assim, de vez em quando precisamos de uma bússola para apontar o caminho, porque parece que o esquecemos entre tantos afazeres.
O que seu filho vê quando olha para você?
Uma pessoa a quem ele pode admirar, de quem vai sentir orgulho?
O que seu filho pensa quando você o corrige?
Que ele pode fazer tudo o que quer, pois você não se importa?
Que ele precisa ser perfeito para ter valor?
Que você o ama, mas não aceita certos comportamentos?
Que mesmo quando ele errar você estará ao seu lado?
Como você vai lidar com seu filho esta semana quando ele:
Bater no seu irmão?
Gritar com você?
Te der um abraço no final da escola?
Nem te falar oi quando você chegar em casa?
Não quiser tomar banho? Chamar você para brincar com ele?
Pedir para fazer a lição de casa juntos?
For para sua cama no meio da noite?
Tiver um acesso de birra porque quer algo que você não quer dar?
Te abraçar com aquele jeito maroto e pedir: Pai/mãe, posso ter um cavalo de estimação?
Alguns argumentariam que sucesso é ter um bom emprego, um bom salário, uma casa confortável e um carro do ano. Outros diriam que o mais importante é sentir-se útil e fazendo a diferença no mundo. Para outros é importante ter saúde, amigos e família, enquanto outros acham que é curtir a vida sem preocupações. Conceituar felicidade seria ainda mais controverso!
Mas do que nossos filhos realmente precisarão daqui a alguns anos? Em que mundo viverão? Em um mundo onde a tecnologia apresenta tantas possibilidades e tem uma mudança tão rápida que o novo se torna logo obsoleto? Onde o conhecimento aumenta a cada dia e a memória não dá conta de guardar todas as informações importantes? Em que as empresas reduzem seus quadros para cortar custos e o desemprego aumenta?
E o aquecimento global, como vai afetá-los? Haverá água para todos? Já dominamos o segredo do genoma humano. Como será a reprodução de nossa espécie? A clonagem será praticada? E os transgênicos, não farão mesmo mal à saúde?
Não sabemos nenhuma das respostas para as questões acima, e tantas outras que poderíamos formular. Mas percebemos as incertezas. Nós e nossos filhos teremos que encontrar novas respostas, novos caminhos, como já aconteceu outras vezes ao longo da história da humanidade. E para trilhar esses caminhos precisamos de uma nova educação, uma nova formação.
Nossos filhos terão que saber pensar, e não apenas obedecer. Resolver problemas e encontrar soluções criativas para as novas situações. Ter uma ética firme para não se deixarem levar pela incerteza.
Por isso precisamos educar para a autonomia, entendida não apenas como a capacidade de cuidar de si mesmos, mas principalmente, como a capacidade de serem governados por si mesmos, de acordo com seus valores e princípios. Precisarão de uma autonomia moral que devemos começar a construir desde já.
Essa autonomia é muito diferente da liberdade completa. Significa ser capaz de pensar sob outros pontos de vista, de levar em conta fatos relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Precisarão aprender a não pensarem apenas em si mesmos, em suas vontades e desejos, mas a pensar em si como parte de um grupo, seja ele a família, a escola ou a sociedade.
Para aprender a pensar assim os pais e os educadores devem ajudá-los a perceberem, desde cedo, suas possibilidades e seus limites. Uma criança pode brincar com os amigos, mas não pode ter todos os brinquedos para si. Pode se zangar com o outro por algo que o incomodou, mas não pode bater. Pode espalhar os brinquedos, desde que os recolha no final da brincadeira. Pode comer primeiro a carne, mas deve comer também a salada. Tem direito a não gostar de alface, mas deve comer outro tipo de verdura. Pode fazer escolhas, mas estas estão de acordo com suas possibilidades a cada idade.
Para ajudar as crianças a construírem uma noção do que podem ou não fazer, do que é certo ou errado, não adianta mais pensar em um sistema de disciplina que inclua recompensas e castigos, porque está provado que eles não formam para a autonomia, mas para o conformismo, o jeitinho de driblar regras ou a revolta. Não adianta fazer com que as crianças tenham medo de serem punidas, e nem deixá-las com a impressão de que podem fazer tudo o que querem. Precisamos negociar com as crianças as regras para que elas aprendam a construí-las, a revê-las e a melhorá-las.
E precisamos também ser coerentes com nossas regras. Se deixamos objetos espalhados pela casa não podemos exigir que nossos filhos não o façam. Se xingamos no trânsito, porque nossos filhos não poderiam xingar os colegas? Se damos um ‘jeitinho’ de ‘nos dar bem’ nas situações, mesmo que quebremos ‘uma regrinha’, como podemos exigir que nossos filhos nos respeitem? Respeito não se exige, se conquista. Lembre-se daqueles adultos (professores, parentes, etc.) que você mais respeitava quando criança ou adolescente. Não tenho dúvida de que eram os que você mais admirava, a quem queria agradar porque seu afeto era importante. Não os que lhe causavam mais temor.
Esse é outro ponto importante a considerar na formação moral de nossas crianças: não podemos corrigi-los com raiva, mas sim com afeto. Precisamos deixar claro que nós os amamos, mas não apreciamos aquele comportamento. Devemos ajudá-los a ver as conseqüências de seus atos: se mentiu, conseguiremos acreditar nele numa próxima vez? Se machucou um colega, este colega vai querer brincar com ele de novo? Se não fez as tarefas, poderá brincar enquanto não terminá-las?
Reduzindo nosso ‘poder’ de adultos e valorizando o respeito mútuo, ajudando nossos filhos a terem mais iniciativa, a sentirem-se seguros e amados e, ao mesmo tempo, progressivamente responsáveis por si mesmos e por suas relações com os outros, nós estaremos dando a eles uma ferramenta poderosa para viver no mundo de hoje e de sempre.
Pois sempre foi, e é cada vez mais importante, saber trabalhar com o outro, estar junto, alternar-se na liderança, negociar, ceder, argumentar, convencer... Comparar pontos de vista e aprender com o outro. Valorizar a diversidade e respeitar as diferenças. Esses desafios ainda trouxemos para o século XXI, ainda estamos aprendendo a solucionar.
Quero deixar você hoje com alguns pensamentos. São perguntas que, como mãe, me faço constantemente. Elas me ajudam a perceber se continuo indo pelo caminho certo ou se a correria do dia-a-dia está me fazendo perder o rumo. Todos nós, pais e mães atuais ou futuros, amamos nossos filhos e queremos o melhor para eles. Mesmo assim, de vez em quando precisamos de uma bússola para apontar o caminho, porque parece que o esquecemos entre tantos afazeres.
O que seu filho vê quando olha para você?
Uma pessoa a quem ele pode admirar, de quem vai sentir orgulho?
O que seu filho pensa quando você o corrige?
Que ele pode fazer tudo o que quer, pois você não se importa?
Que ele precisa ser perfeito para ter valor?
Que você o ama, mas não aceita certos comportamentos?
Que mesmo quando ele errar você estará ao seu lado?
Como você vai lidar com seu filho esta semana quando ele:
Bater no seu irmão?
Gritar com você?
Te der um abraço no final da escola?
Nem te falar oi quando você chegar em casa?
Não quiser tomar banho? Chamar você para brincar com ele?
Pedir para fazer a lição de casa juntos?
For para sua cama no meio da noite?
Tiver um acesso de birra porque quer algo que você não quer dar?
Te abraçar com aquele jeito maroto e pedir: Pai/mãe, posso ter um cavalo de estimação?
Curso no Sinpro: Refletindo sobre letramento e alfabetização na educação bilíngüehttp://www.culturainfancia.com.br/boletim/?p=128
Vou dar um curso so Sinpro sobre Letramento e Alfabetização Bilíngüe.
Maiores informações no site do Sinpro (www.sinprosp.org.br)
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Começando este Blog
Hoje é dia 09 de março de 2008, dia em que começo a escrever este blog. Minha intenção é divulgar algumas idéias, descobertas e questões que têm estado presentes em meu trabalho em educação de um modo geral e, mais particularmente, em educação bilíngüe, nesses últimos tempos.
Dos 15 anos de atuação em educação (sem contar os de estágio no curso secundário de Magistério), percebi que quase metade tenho passado debruçada sobre a educação bilíngüe e a aquisição de línguas por crianças. Também tenho duas bilinguinhas em casa que me encantam e desafiam até nos momentos livres, então estou mesmo cercada...
No trabalho que venho realizando, conheci muitas pessoas que contribuíram para meu aprendizado nessa área, e hoje vejo se formar uma rede de interessados nesse tema que cresce cada vez mais, ao lado de uma grande lacuna de estudos da realidade brasileira. Talvez este blog crie mais um espaço de troca e de crescimento mútuo. É o que espero.
Dos 15 anos de atuação em educação (sem contar os de estágio no curso secundário de Magistério), percebi que quase metade tenho passado debruçada sobre a educação bilíngüe e a aquisição de línguas por crianças. Também tenho duas bilinguinhas em casa que me encantam e desafiam até nos momentos livres, então estou mesmo cercada...
No trabalho que venho realizando, conheci muitas pessoas que contribuíram para meu aprendizado nessa área, e hoje vejo se formar uma rede de interessados nesse tema que cresce cada vez mais, ao lado de uma grande lacuna de estudos da realidade brasileira. Talvez este blog crie mais um espaço de troca e de crescimento mútuo. É o que espero.
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