Projetos e Seqüências Didáticas na Educação Infantil Bilíngüe:
Construindo significados
Selma de Assis Moura
apresentação no
1º Congresso Brasileiro de Escolas Bilíngües
Playpen, Outubro de 2005
Playpen, Outubro de 2005
Contrastanto:
Tempo insuficiente
Conteúdos sem significação
Fragmentação do saber
Artificialização
X
Aluno como sujeito da aprendizagem
Motivação
Função social real
Contextos significativos
“Não se trata somente de aumentar o tempo ou de reduzir os conteúdos, trata-se de produzir uma mudança qualitativa na utilização do tempo didático”
Conteúdos sem significação
Fragmentação do saber
Artificialização
X
Aluno como sujeito da aprendizagem
Motivação
Função social real
Contextos significativos
“Não se trata somente de aumentar o tempo ou de reduzir os conteúdos, trata-se de produzir uma mudança qualitativa na utilização do tempo didático”
(Delia Lerner)
“Trabalhar com projetos não é suficiente para instaurar uma relação tempo-saber que leve em conta o tempo de aprendizagem e preserve o sentido do objeto de ensino. Para consegui-lo, é necessário articular muitas temporalidades diferentes”.
“Trabalhar com projetos não é suficiente para instaurar uma relação tempo-saber que leve em conta o tempo de aprendizagem e preserve o sentido do objeto de ensino. Para consegui-lo, é necessário articular muitas temporalidades diferentes”.
(Delia Lerner)
Tempo didático:
· Projetos didáticos
· Seqüências de Conteúdo
· Atividades Permanentes ou Habituais
· Atividades Independentes
Projetos Didáticos:
“O trabalho em projetos visa a ajudar crianças pequenas a extrair um sentido mis profundo e completo de eventos e fenômenos de seu próprio ambiente e de experiências que mereçam sua atenção (...) Esse tipo de trabalho aumenta a confiança das crianças pequenas em seus próprios poderes intelectuais e reforça sua disposição em continuar aprendendo.”
(Carolyn Edwards e outros, As Cem Linguagens da Criança)
“Quando o tópico de um projeto é muito familiar às crianças, elas podem contribuir para o projeto com seus próprios conhecimentos e sugerir questões a ser indagadas e linhas de investigação a seguir: as próprias crianças podem assumir a liderança no planejamento, assumir responsabilidades por observações específicas e por informações e pelos artefatos coletados. Projetos que investigam fenômenos reais oferecem às crianças a oportunidade de serem ‘antropólogos naturais’, que parece terem nascido para ser!”.
(Carolyn Edwards e outros, As Cem Linguagens da Criança)
“O trabalho por projetos permite, realmente, que todos os integrantes da classe – e não só o professor – orientem suas ações para o cumprimento de uma finalidade compartilhada: gravar uma fita de poemas para enviar a outras crianças ou para fazer um programa de rádio dá sentido ao aperfeiçoamento da leitura em voz alta, porque os reiterados ensaios que é necessário fazer não constituem um mero exercício, mas sim orientam para um objetivo valioso e realizável a curto prazo- compartilhar com outras pessoas as próprias emoções experimentadas frente aos poemas escolhidos”
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
“Ao orientar suas ações para uma finalidade compartilhada os alunos se comprometem na elaboração de um produto (...) que seja satisfatório e convincente para os destinatários e para eles mesmos. Conseqüentemente, estão dispostos a revisar suas produções para melhorá-las e fazer delas um meio eficaz para cumprir com os objetivos propostos. É assim que o compromisso que assumem torna possível que progridam na aquisição das estratégias necessárias para revisar e aperfeiçoar seus próprios trabalhos”.
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
“Como a finalidade que se persegue constitui um fio condutor das atividades e como os projetos se estendem ao longo de períodos mais ou menos prolongados (em alguns casos, algumas semanas; em outros, alguns meses), essa modalidade organizativa, além de favorecer a autonomia dos alunos, que podem tomar iniciativas porque sabem para onde marcha o trabalho, se contrapõe ao parcelamento do tempo e do saber. É assim que se torna possível evitar a justaposição de atividades sem conexão – que abordam aspectos também sem conexão dos conteúdos – e as crianças têm a oportunidade de ter acesso a um trabalho suficientemente duradouro para resolver problemas desafiantes, construindo os conhecimentos necessários para isso, para estabelecer relações entre diferentes situações e saberes, para consolidar o aprendizado e reutilizá-lo.”
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
Seqüências Didáticas ou Seqüências de Conteúdo:
Conteúdos:
Fatos Conceitos Procedimentos Atitudes
ANÁLISE DE SEQÜÊNCIA DE CONTEÚDO
Conteúdos referidos a fatos
Conteúdos referidos a conceitos
Conteúdos de procedimentos
Conteúdos de atitudes
Apresentação
-motivação: sentido das aprendizagens
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
-quantidade adequada de informação
-apresentação em termos funcionais para o aluno
Compreensão dos conceitos asoociados
-significatividade dos conceitos associados
Exercitação
-estratégias de codificação e retenção
Avaliação
-inicial
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação: sentido das atividades
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
-nível adequado de abstração
-quantidade adequada de informação
-apresentação em termos funcionais para o aluno
Elaboração
-funcionailidade de cada uma das atividades
-atividade mental e conflito cognitivo
-zona de desenvolvimento proximal
-consciência do processo de elaboração
Construção
-conclusões
-generalização
-resumos das idéias importantes
-síntese integrando a nova informação aos conhecimentos anteriores
-consciência do processo de construção
Aplicação
-descontextualização
Exercício
-estratégias de codificação e retenção
Avaliação
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação: sentido da atividade
-atitude favorável
-competência prévia em procedimento
-apresentação de modelos
Compreensão
-significatividade e funcionalidade
-representação global do processo
-verbalização
-reflexão sobre as ações
Processo de aplicação e exercício
-regulação do processo de aprendizagem
-prática guiada e ajudas
-aplicação em contextos diferenciados
-exercícios suficientes, progressivos e ordenados
Avaliação
-inicial
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
Proposição de modelos
Proposição de normas
Construção
-análise de fatores positivos e negativos
-tomada de posição
-implicação afetiva
-compromisso explícito
Aplicação
-comportamento coerente
Avaliação
-inical
-formativa
-somatória
Fonte: Zabala, Antoni. Os Enfoques Didáticos. In: O Construtivismo em Sala de Aula, César Coll e outros. São Paulo, Ática, 1999.
“The language learner´s task consists of figuring out and learning the full system of linguistic, social and pragmatic rules that govern behavior of the speech community. Despite the complexity of the task most individuals can handle it. People, irrespective of background, do not come to the language learning task empty handed: in their efforts to figure out how the new language is used by its speakers, they are guided by prior social, linguistic, and general world knowledge”.
(Lily Wong Fillmore, Second-language learning in children: a model of language learning in social context)
Social Processes: “By social processes, I refer to the steps taken by the learners and target language speakers to create a social setting in which communication by means of the target language is possible and desired.”
Linguistic Processes: “The end product of the acquisition process in linguistic knowledge – the phonological, lexical, grammatical, pragmatic, and sociolinguistic knowledge that eventually allows learners to speak and comprehend the new language in a full range of social and communicative situations”. What it takes to acquire this kind of knowledge is exposure to linguistic data in the form of situationally anchored speech produced by speakers of the language in the context of social interaction that involves the learner in one way or another”.
Cognitive Processes: “What they must do with these data is discover the system of rulesthe speakers of the languge are following, synthesize this knowledge into a grammar, and then make it their own by internalizing it. That in the capsule form is what the cognitive task is for any language learner”
Bibliografia:
COLL, César (org). O Construtivismo na Sala de Aula. São Paulo, Ática, 1996.
EDWARDS, Carolyn e outros. As Cem Linguagens da Criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre, Artes Médicas, 1999.
FILLMORE, Lily Wong. Second-language learning in children: a model of language learning in social context. In: BIALYSTOK, Ellen. Language Processing in bilingual children. Cambridge University Press, 1991
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre, Artes Médicas, 2002.
Tempo didático:
· Projetos didáticos
· Seqüências de Conteúdo
· Atividades Permanentes ou Habituais
· Atividades Independentes
Projetos Didáticos:
“O trabalho em projetos visa a ajudar crianças pequenas a extrair um sentido mis profundo e completo de eventos e fenômenos de seu próprio ambiente e de experiências que mereçam sua atenção (...) Esse tipo de trabalho aumenta a confiança das crianças pequenas em seus próprios poderes intelectuais e reforça sua disposição em continuar aprendendo.”
(Carolyn Edwards e outros, As Cem Linguagens da Criança)
“Quando o tópico de um projeto é muito familiar às crianças, elas podem contribuir para o projeto com seus próprios conhecimentos e sugerir questões a ser indagadas e linhas de investigação a seguir: as próprias crianças podem assumir a liderança no planejamento, assumir responsabilidades por observações específicas e por informações e pelos artefatos coletados. Projetos que investigam fenômenos reais oferecem às crianças a oportunidade de serem ‘antropólogos naturais’, que parece terem nascido para ser!”.
(Carolyn Edwards e outros, As Cem Linguagens da Criança)
“O trabalho por projetos permite, realmente, que todos os integrantes da classe – e não só o professor – orientem suas ações para o cumprimento de uma finalidade compartilhada: gravar uma fita de poemas para enviar a outras crianças ou para fazer um programa de rádio dá sentido ao aperfeiçoamento da leitura em voz alta, porque os reiterados ensaios que é necessário fazer não constituem um mero exercício, mas sim orientam para um objetivo valioso e realizável a curto prazo- compartilhar com outras pessoas as próprias emoções experimentadas frente aos poemas escolhidos”
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
“Ao orientar suas ações para uma finalidade compartilhada os alunos se comprometem na elaboração de um produto (...) que seja satisfatório e convincente para os destinatários e para eles mesmos. Conseqüentemente, estão dispostos a revisar suas produções para melhorá-las e fazer delas um meio eficaz para cumprir com os objetivos propostos. É assim que o compromisso que assumem torna possível que progridam na aquisição das estratégias necessárias para revisar e aperfeiçoar seus próprios trabalhos”.
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
“Como a finalidade que se persegue constitui um fio condutor das atividades e como os projetos se estendem ao longo de períodos mais ou menos prolongados (em alguns casos, algumas semanas; em outros, alguns meses), essa modalidade organizativa, além de favorecer a autonomia dos alunos, que podem tomar iniciativas porque sabem para onde marcha o trabalho, se contrapõe ao parcelamento do tempo e do saber. É assim que se torna possível evitar a justaposição de atividades sem conexão – que abordam aspectos também sem conexão dos conteúdos – e as crianças têm a oportunidade de ter acesso a um trabalho suficientemente duradouro para resolver problemas desafiantes, construindo os conhecimentos necessários para isso, para estabelecer relações entre diferentes situações e saberes, para consolidar o aprendizado e reutilizá-lo.”
(Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola)
Seqüências Didáticas ou Seqüências de Conteúdo:
Conteúdos:
Fatos Conceitos Procedimentos Atitudes
ANÁLISE DE SEQÜÊNCIA DE CONTEÚDO
Conteúdos referidos a fatos
Conteúdos referidos a conceitos
Conteúdos de procedimentos
Conteúdos de atitudes
Apresentação
-motivação: sentido das aprendizagens
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
-quantidade adequada de informação
-apresentação em termos funcionais para o aluno
Compreensão dos conceitos asoociados
-significatividade dos conceitos associados
Exercitação
-estratégias de codificação e retenção
Avaliação
-inicial
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação: sentido das atividades
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
-nível adequado de abstração
-quantidade adequada de informação
-apresentação em termos funcionais para o aluno
Elaboração
-funcionailidade de cada uma das atividades
-atividade mental e conflito cognitivo
-zona de desenvolvimento proximal
-consciência do processo de elaboração
Construção
-conclusões
-generalização
-resumos das idéias importantes
-síntese integrando a nova informação aos conhecimentos anteriores
-consciência do processo de construção
Aplicação
-descontextualização
Exercício
-estratégias de codificação e retenção
Avaliação
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação: sentido da atividade
-atitude favorável
-competência prévia em procedimento
-apresentação de modelos
Compreensão
-significatividade e funcionalidade
-representação global do processo
-verbalização
-reflexão sobre as ações
Processo de aplicação e exercício
-regulação do processo de aprendizagem
-prática guiada e ajudas
-aplicação em contextos diferenciados
-exercícios suficientes, progressivos e ordenados
Avaliação
-inicial
-formativa
-somatória
Apresentação
-motivação
-atitude favorável
-conhecimentos prévios
Proposição de modelos
Proposição de normas
Construção
-análise de fatores positivos e negativos
-tomada de posição
-implicação afetiva
-compromisso explícito
Aplicação
-comportamento coerente
Avaliação
-inical
-formativa
-somatória
Fonte: Zabala, Antoni. Os Enfoques Didáticos. In: O Construtivismo em Sala de Aula, César Coll e outros. São Paulo, Ática, 1999.
“The language learner´s task consists of figuring out and learning the full system of linguistic, social and pragmatic rules that govern behavior of the speech community. Despite the complexity of the task most individuals can handle it. People, irrespective of background, do not come to the language learning task empty handed: in their efforts to figure out how the new language is used by its speakers, they are guided by prior social, linguistic, and general world knowledge”.
(Lily Wong Fillmore, Second-language learning in children: a model of language learning in social context)
Social Processes: “By social processes, I refer to the steps taken by the learners and target language speakers to create a social setting in which communication by means of the target language is possible and desired.”
Linguistic Processes: “The end product of the acquisition process in linguistic knowledge – the phonological, lexical, grammatical, pragmatic, and sociolinguistic knowledge that eventually allows learners to speak and comprehend the new language in a full range of social and communicative situations”. What it takes to acquire this kind of knowledge is exposure to linguistic data in the form of situationally anchored speech produced by speakers of the language in the context of social interaction that involves the learner in one way or another”.
Cognitive Processes: “What they must do with these data is discover the system of rulesthe speakers of the languge are following, synthesize this knowledge into a grammar, and then make it their own by internalizing it. That in the capsule form is what the cognitive task is for any language learner”
Bibliografia:
COLL, César (org). O Construtivismo na Sala de Aula. São Paulo, Ática, 1996.
EDWARDS, Carolyn e outros. As Cem Linguagens da Criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre, Artes Médicas, 1999.
FILLMORE, Lily Wong. Second-language learning in children: a model of language learning in social context. In: BIALYSTOK, Ellen. Language Processing in bilingual children. Cambridge University Press, 1991
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre, Artes Médicas, 2002.
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